quinta-feira, 29 de março de 2012

Tem alguém aí?

A derrota do América para o Tupi (1 x 2) na noite desta quarta-feira (28), na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, foi presenciada por 103 pagantes. Isso mesmo, cento e três guerreiros torcedores, sendo que uns 15 seriam adeptos do Galo Carijó, de Juiz de Fora.

No atual Campeonato Mineiro, jogando como mandante, à exceção do clássico contra o Atlético, o Coelho levou ao estádio, em média, 243 pagantes. Um número pífio, principalmente quando falamos de um Clube que irá disputar uma Série B de campeonato brasileiro.

Jogos do América como mandante:
América 2 x 0 Caldense – 439 pagantes
América 2 x 1 Villa Nova – 255 pagantes
América 1 x 2 Atlético – 4.067 pagantes

América 1 x 0 Boa – 177 pagantes
América 1 x 2 Tupi – 103 pagantes


Esse mesmo América irá inaugurar o novo Independência, segundo a Secopa e a FMF, no próximo dia 15 de abril, diante do Guarani de Divinópolis, pela última rodada da 1ª fase do Mineiro. Acredito que será mais um capítulo do grande “Mico” que tem sido essa novela do estádio do Horto. Atrasos, pontos cegos, bilheterias mal feitas, brigas entre clubes, e a gora, inauguração com arquibancadas vazias.

Espero que o torcedor do América tire o pijaminha e compareça na reinauguração da sua Casa, do seu estádio. Espero ainda que moradores da região, atleticanos e cruzeirenses, também estejam presentes no jogo inaugural. Seria muito chato o novo Independência sendo mostrado para todo o Brasil com as arquibancadas completamente vazias.

Eduardo Panzi - edupanzi@gmail.com
Foto: Jorge Gontijo/EM/E.A. Press 

terça-feira, 27 de março de 2012

Ano novo e velhos problemas

Não adianta. Entra ano, sai ano e lá vem o problema da lateral esquerda no Atlético. O Clube não tem um bom jogador para a posição desde 2001, quando Felipe, em grande fase (hoje no Vasco da Gama), vestia a seis do Galo. Inúmeros nomes já passaram pela posição desde então, e nenhum agradou. Não agradou às diretorias, aos torcedores e muito menos aos treinadores; e olha que foram muitos técnicos tentando solucionar o problema.

Atualmente Cuca tem como opções para a posição o volante Richarlyson (isso mesmo, volante!) e os laterais de origem, Triguinho e Eron. O primeiro joga improvisado e já deu seguidas declarações dizendo que não gosta de atuar como lateral. O segundo é experiente, com passagem por diversos clubes do Brasil, e o terceiro é jovem. Vem da base do Atlético e já teve algumas oportunidades com outros treinadores e até com o atual, mas não convenceu. Assim como não convenceram Rick e Triguinho.

Para a próxima rodada do “Campeonato Mineiro Celtinha 2012”, diante do Uberaba, no Triângulo Mineiro, Cuca pode dar ao garoto Eron, de apenas 20 anos, mais uma oportunidade de mostrar que tem condições de ser o lateral esquerdo do Atlético na atual temporada, pois parece ter perdido a paciência e a confiança nos mais rodados. Eu não acredito em Eron. Por tudo o que vi deste jogador nas chances que teve no profissional (20 jogos, o último em outubro de 2011), acho que será mais uma tentativa em vão. Eron é fraco! Tudo bem que o regional é o momento ideal para testes, mas no caso da lateral esquerda do Galo não podemos chamar dessa forma. Nesse caso é desespero mesmo. “Se não tem tu, vai tu mesmo!”

Fica claro que o Atlético carrega carências em seu atual elenco, e não falo apenas da lateral. Cito ainda o gol e o meio campo (mais um volante e um armador). Cuca sabe disso, e por tudo o que tenho escutado por aí, a diretoria também sabe. Segundo Kalil, o Atlético tem em caixa 5 milhões de euros e vai investi-los em contratações pontuais. Que ótimo! Que venha um goleiro, um lateral esquerdo e um armador. E que cheguem para jogar. De preferência como titulares.

O brasileirão está chegando e as fases mais complicadas da Copa do Brasil também. É preciso que a diretoria atleticana se movimente e encontre peças para suprirem todas essas carências. Não vou ficar aqui “cornetando” nomes, até porque essa é uma função de outro Eduardo; o Maluf, que é muito bem pago para tal. Só espero que ele e Alexandre Kalil sejam criativos e certeiros nas escolhas, pois o tempo está passando e as dificuldades aumentando.

Eduardo Panzi – edupanzi@gmail.com
Foto: Leonardo Simonini/Globoesporte.com

segunda-feira, 26 de março de 2012

Deu no Lance: Clubes X Federações

Liderados por Atlético-MG, Grêmio e Santos, alguns dos principais clubes brasileiros querem diminuir o poder das federações estaduais e da própria CBF e discutir um novo modelo para o futebol nacional.


A ideia é realizar um encontro com dirigentes dos times que disputam as Séries A e B do Brasileiro, em data ainda a ser definida, a fim de discutir uma reformulação do calendário e possível enxugamento dos Estaduais, além da criação de uma Liga Nacional de Clubes.


Para Alexandre Kalil, presidente do Atlético-MG, não tem sentido as federações votarem de um jeito e os times, que elas deveriam representar, de outro. Ele sugere maior participação dos próprios clubes na administração da CBF, discurso encampado por Luís Álvaro, presidente do Santos, e Paulo Odone, do Grêmio.


Corinthians e Flamengo, no entanto, são contra e não devem participar do movimento.


A criação da liga não é uma sugestão nova, mas, se efetivada, Kalil e Odone querem que tenham poderes maiores do que o Clube dos 13, que rachou e caminha para o fechamento, já tendo até saído de sua sede em Porto Alegre.


Fábio Koff, presidente da entidade, não deve participar do projeto de estabelecer uma nova liga, que poderia ser responsável pela organização do Brasileiro, embora não pretenda se afastar do futebol. Tem sido pressionado por colaboradores a concorrer à presidência do Grêmio, cargo que já ocupou.


Márcio Braga, um dos idealizadores do Clube dos 13, criado em 1987, também deve ficar de fora. O flamenguista virou aliado de Ricardo Teixeira e vinha defendendo com unhas e dentes a administração da CBF, muito criticada por Kalil.


Com Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol e mentor de José Maria Marin, novo presidente da CBF, defendendo que as coisas continuem como estão, a briga promete. Até porque, nomeado semana passada para o Comitê Executivo da Fifa, Del Nero está mais forte do que nunca e quer seguir dando as ordens não só em São Paulo mas também nos demais estados do Brasil.


Fonte: Diário O Lance - Blog do Janca - versão on line
Crédito: João Carlos Assumpção - colunista O Lance
Foto: Leonardi - L!

Se faltou qualidade técnica, sobraram emoção e ofensividade

América e Cruzeiro fizeram um ótimo clássico neste domingo (25), na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. Se não "foi lá grandes coisas" tecnicamente, o clássico foi excelente em termos de correria, chances criadas, emoção e busca pela vitória a todo tempo por parte das duas equipes.

Os mais de dez mil torcedores que pagaram ingresso, sejam eles cruzeirenses ou americanos, saíram satisfeitos pela vontade demonstrada dentro de campo. É claro que a torcida celeste foi embora mais contente, mas os americanos com certeza reconheceram o empenho dos atletas.

Méritos para o técnico Vagner Mancine, que fez as alterações certas, no momento correto do jogo e que acabaram decidindo o clássico a favor do time da Toca. Em jogada de contra ataque, puxado pelo garoto Elber, o atacante Walter recebeu livre pela direita, e com velocidade chutou rasteiro, no canto direito de Neneca, que ainda tocou a bola, mas sem êxito. O 2 a 1 foi justo para o Cruzeiro, assim com teria sido também caso fosse para o lado do América. Sinal de equilíbrio e de um jogo com alternativas para os dois lados. O resultado acabou sendo muito interessante para a reta final do Campeonato Mineiro, uma vez que o Cruzeiro continua na cola do Galo, e os dois ainda se enfrentam na penúltima rodada da primeira fase da competição, e provavelmente irão decidir, nesse clássico, que terá a vantagem até a decisão, no início do mês de maio.

A reta final ganha em emoção e força de vontade por parte de todas as equipes, mas ainda fica devendo, e muito, em qualidade técnica e em presença de público nos estádios. Que venha o super clássico, e que venham as semifinais e finais, para que o torcedor possa se animar um pouquinho mais e voltar a lotar as arquibancadas dos estádios em Minas Gerais.

Eduardo Panzi - edupanzi@gmail.com

Foto: Alexandre Guzanshe - EM - D.A Press