terça-feira, 10 de abril de 2012

Um clássico emocionante e preocupante

O clássico do último domingo (8) foi um jogo bom de se ver. Cheio de oportunidades criadas pelos dos rivais (mais pelo lado do Galo), a partida teve dois tempos bem distintos, com o Atlético comandando a 1ª etapa e o Cruzeiro equilibrando as ações na 2ª parte. Vagner Mancine deve ter aprendido que a sua equipe não tem qualidade de elenco para jogar com três atacantes contra equipes de mesmo nível, mas agiu certo, testando na hora em que poderia, em um jogo que valia pouca coisa. Cuca também tirou conclusões importantes, como a de não ter um goleiro confiável, ou ainda que seu banco de reservas é muito fraco, tendo jogadores como Mancine e Berola, que oscilam entre boas e péssimas atuações, como a de domingo, por exemplo.

Se sobraram emoções, com torcedores dos dois lados experimentando a felicidade e a decepção durante os 90 minutos, não faltaram defeitos dos dois lados. Como pode uma zaga levar um gol de cabeça de um jogador de 1,60 metros? Como pode uma equipe perder tantas oportunidades claras de gol? Como podem atletas experientes como Danilinho e Roger perderem a cabeça e agredirem de forma covarde seus companheiros de profissão? Como podem as duas equipes terem laterais tão ruins? Preocupante, não?!

Volto a repetir; o Campeonato Brasileiro e as fases mais agudas da Copa do Brasil estão bem próximos. Atlético e Cruzeiro precisam qualificar seus elencos se quiserem algo mais nas duas competições. Não basta o reforço da inauguração do novo Independência. Para que o estádio do Horto seja um aliado, é preciso que em seu gramado joguem atletas mais qualificados que Marcos Rocha, Marcos, Diego Renan, Renan Ribeiro, Wellington Paulista, Mancine, Léo, Danilinho, Rudnei... o torcedor merece muito mais que isso.

Finais

Tenho certeza que as finais do Mineiro serão mais empolgantes. Teremos quatro clássicos interessantes (um na semifinal e outro na final) e importantes para que erros e acertos fiquem cada vez mais evidentes e que os dois treinadores (Atlético e Cruzeiro) e as duas diretorias possam identificar os pontos fracos de suas equipes e, quem sabe, acertarem nas sonhadas contratações pontuais. Dá para acreditar?

Eduardo Panzi - edupanzi@gmail.com